quinta-feira, 30 de agosto de 2012

em tempo de reflexão

O fundo financeiro criado pela Stratfor e o Goldman Sachs viu no memorando da troika a hora certa para comprar obrigações da Parpública. A holding detém participações do Estado nas empresas a privatizar sob orientação de António Borges, que já fora o escolhido pela Goldman Sachs para prestar serviços de consultoria à Parpública em 2004, no âmbito da privatização da GALP e EDP.

António Borges num Congresso do PSD em 2004, quando ainda trabalhava para o Goldman Sachs, cobrando 2,3 milhões de dólares à Parpública por consultoria financeira nas privatizações. Com a troika, agora é Borges que privatiza empresas detidas pela Parpública e o fundo Goldman Sachs/Stratfor sai sempre a ganhar.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

em tempo de reflexão

A experiência do mundo mostra que há imensas realidades não capitalistas, guiadas pela reciprocidade e pelo cooperativismo, à espera de serem valorizadas como o futuro dentro do presente.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

em tempo de reflexão


O problema com o serviço público de televisão não está no que gastou no passado. Está naquilo que gastará no futuro e nos efeitos que o serviço público de televisão terá no exercício da nossa liberdade.  

terça-feira, 14 de agosto de 2012


 A direita diz que "memorando da troika" conta com o apoio de partidos que representam 80% dos eleitores isto é mais do que uma estatística eleitoral. A verdade  por incompreensível que nos pareça, a maioria da população não considera (ou não tem considerado) que as conquistas do Estado social desde o 25 de Abril mereçam ser defendidas. Houve de facto algo que se perdeu, um sonho que se esqueceu, que deixou de fazer eco e que tem de ser reinventada, construída. Podemos atribuir isso a uma sistemática lavagem ao cérebro efectuada pelos media(que é tragicamente real), mas a verdade é que existe hoje um terrível divórcio entre a população e a defesa dos seus interesses, devido a uma narrativa reaccionária que se tornou hegemónica e que conseguiu impor a ideia do Estado social como fonte de desperdício, da Segurança Social como sustento de parasitas, do Serviço Nacional de Saúde como um luxo incomportável, da solidariedade social como algo "insustentável", da Escola Pública inclusiva como "facilitista", dos apoios à Cultura como "elitistas", etc. A verdade é que a direita tem conseguido vender com absoluto despudor e grande eficácia este discurso, convencendo de que os direitos excessivos dos outros, dos subsidiodependentes, dos ciganos, dos que não querem trabalhar, dos velhos, dos doentes, dos disléxicos, dos bolseiros, são a causa da pobreza de cada um - ao mesmo tempo que vende os privilégios dos agiotas como algo inquestionável e positivo.

 A esquerda tem de se unir em torno do que para si é importante, penso que é uma evidência para todos os defensores de uma sociedade decente, livre e justa. Mas a grande batalha que temos de travar no campo das ideias não se resume à arena da esquerda. Quem temos de convencer são todos os cidadãos que, seduzidos ou adormecidos pelas historietas da direita, continuam a votar nos que lhes roubam o trabalho, os direitos e as riquezas, eternizando desigualdades injustas e privilégios. Enquanto o discurso populista da direita sobre o rendimento social de inserção como sustento de parasitas e sede de fraudes continuar a colher, o nosso trabalho estará longe de estar feito.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

para reflexão


O dia 6 de agosto, aniversário de Hiroshima, deveria ser um dia de reflexão sombria, não só pelo respeito dos acontecimentos terríveis dessa data, em 1945, mas também sobre o que eles revelaram: que os seres humanos, em busca dedicada por meios de aumentarem a sua capacidade de destruição, finalmente  conseguiram encontrar uma forma de se aproximarem desse limite.