quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


 Proponho algumas linhas de reflexão. A primeira diz respeito à polarização social que está a emergir das enormes desigualdades sociais. Vivemos um tempo que tem algumas semelhanças com o das revoluções democráticas que avassalaram a Europa em 1848. A polarização social era enorme porque o operariado (então uma classe jovem) dependia do trabalho para sobreviver mas (ao contrário dos pais e avós) o trabalho não dependia dele, dependia de quem o dava ou retirava a seu belprazer, o patrão; se trabalhasse, os salários eram tão baixos e a jornada tão longa que a saúde perigava e a família vivia sempre à beira da fome; se fosse despedido, não tinha qualquer suporte exceto o de alguma economia solidária ou do recurso ao crime. Não admira que, nessas revoluções, as duas bandeiras de luta tenham sido o direito ao trabalho e o direito a uma jornada de trabalho mais curta. 150 anos depois, a situação não é totalmente a mesma mas as bandeiras continuam a ser atuais.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

 A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Piegas eu?... trabalhar desde menino, sem ajudas de custo, deslocações, transportes e ou moradia.
Ter uma pensão, independente das empresas que se serve, durante quantos anos e quantas serve.
Ser descartável por ter dado o melhor durante anos, enquanto os meninos mimados iam para o colégio particular com motorista e são os que hoje nos governam!...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Não à exploração, as desigualdades e o empobrecimento
Outra política é possível e necessária!
Estamos perante uma política de terrorismo económico e social que exige uma resposta de dimensão nacional.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"Não sei como se pode ser de direita. É viver e pensar entre zinabres, bolores e cotões. A direita não tem, nem nunca teve, princípios: tem preconceitos. A direita não tem, nem nunca teve, propostas: tem slogans. A direita não defende nem nunca defendeu causas: mas interesses. A direita não cria ideias: inventa pretextos. A direita não expressa razões: faz propaganda. A direita é a imagem do nosso atraso, responsável e promotora do que há de mais boçal, retrógrado e deprimente na sociedade portuguesa. Quando alguém se proclama de direita (e é de ressalvar que, individulmente falando, há na direita gente estimável e e respeitável a muitos títulos) assume um lastro de opressão, violência, ignomínia, mentira, obscurantismo, que pesa através dos séculos e que nos vem diminuindo e amesquinhando  até aos nossos dias."