Proponho algumas linhas de
reflexão. A primeira diz respeito à polarização social que está a emergir das
enormes desigualdades sociais. Vivemos um tempo que tem algumas semelhanças com
o das revoluções democráticas que avassalaram a Europa em 1848. A polarização
social era enorme porque o operariado (então uma classe jovem) dependia do
trabalho para sobreviver mas (ao contrário dos pais e avós) o trabalho não dependia
dele, dependia de quem o dava ou retirava a seu belprazer, o patrão; se
trabalhasse, os salários eram tão baixos e a jornada tão longa que a saúde
perigava e a família vivia sempre à beira da fome; se fosse despedido, não
tinha qualquer suporte exceto o de alguma economia solidária ou do recurso ao
crime. Não admira que, nessas revoluções, as duas bandeiras de luta tenham sido
o direito ao trabalho e o direito a uma jornada de trabalho mais curta. 150
anos depois, a situação não é totalmente a mesma mas as bandeiras continuam a
ser atuais.
a evolução fonética da forma Rauffi para Ronfe. desde o apogeu dos castros pré-romanos da idade do ferro, no inicio do século V.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Piegas eu?... trabalhar desde menino, sem ajudas de custo, deslocações, transportes e ou moradia.
Ter uma pensão, independente das empresas que se serve, durante quantos anos e quantas serve.
Ser descartável por ter dado o melhor durante anos, enquanto os meninos mimados iam para o colégio particular com motorista e são os que hoje nos governam!...
Ter uma pensão, independente das empresas que se serve, durante quantos anos e quantas serve.
Ser descartável por ter dado o melhor durante anos, enquanto os meninos mimados iam para o colégio particular com motorista e são os que hoje nos governam!...
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
"Não sei como se pode ser de direita. É viver e pensar entre zinabres, bolores e cotões. A direita não tem, nem nunca teve, princípios: tem preconceitos. A direita não tem, nem nunca teve, propostas: tem slogans. A direita não defende nem nunca defendeu causas: mas interesses. A direita não cria ideias: inventa pretextos. A direita não expressa razões: faz propaganda. A direita é a imagem do nosso atraso, responsável e promotora do que há de mais boçal, retrógrado e deprimente na sociedade portuguesa. Quando alguém se proclama de direita (e é de ressalvar que, individulmente falando, há na direita gente estimável e e respeitável a muitos títulos) assume um lastro de opressão, violência, ignomínia, mentira, obscurantismo, que pesa através dos séculos e que nos vem diminuindo e amesquinhando até aos nossos dias."
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