Talvez alguém entenda o poder desta foto,
neste tempo sereno ou noutro tempo imóvel,
disponível para grandes viagens a lugares remotos,
O espírito espera a revelação de todas as formas:
mesmo que demore mais que todos os séculos
ou que a chuva continue a cair nesta terra que amamos.
a evolução fonética da forma Rauffi para Ronfe. desde o apogeu dos castros pré-romanos da idade do ferro, no inicio do século V.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
os meus olhos são uns olhos
“Os meus olhos são uns olhos, e é com esses olhos uns que eu vejo no mundo escolhos, onde outros, com outros olhos, não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores! De tudo o mesmo se diz! Onde uns vêem luto e dores, uns outros descobrem cores do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas onde passa tanta gente, uns vêem pedras pisadas, mas outros gnomos e fadas num halo resplandecente!
Inútil seguir vizinhos, querer ser depois ou ser antes. Cada um é seus caminhos! Onde Sancho vê moinhos, D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos! Vê gigantes? São gigantes!”
Quem diz escolhos, diz flores! De tudo o mesmo se diz! Onde uns vêem luto e dores, uns outros descobrem cores do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas onde passa tanta gente, uns vêem pedras pisadas, mas outros gnomos e fadas num halo resplandecente!
Inútil seguir vizinhos, querer ser depois ou ser antes. Cada um é seus caminhos! Onde Sancho vê moinhos, D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos! Vê gigantes? São gigantes!”
terça-feira, 15 de setembro de 2009
o mestre
Mestre, meu mestre querido!
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não existe.
Sinto crenças que não tenho.
Tudo é cansaço neste mundo subjectivado.
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas.
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas.
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento.
Pela indiferença de toda a vida.
Porque é que me chamaste?
Porque é que me deste a tua alma se eu não sei que fazer dela!
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não existe.
Sinto crenças que não tenho.
Tudo é cansaço neste mundo subjectivado.
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas.
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas.
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento.
Pela indiferença de toda a vida.
Porque é que me chamaste?
Porque é que me deste a tua alma se eu não sei que fazer dela!
domingo, 13 de setembro de 2009
A capacidade de fazer parar o mundo
De qualquer modo, nós só podemos emitir opiniões baseadas na nossa própria condição humana, o que decerto é muito pouco, demasiadamente frágil e inconsistente para servir de base seja ao que for.
Ética
Precisamos de voltar a ter mais sentido de responsabilidade, ética, compromisso, competencia e respeito pela verdade.
Portugal está pior do que estava, os Portugueses vivem pior e as empresas têm mais dificuldades. Vivemos uma crise de contas e de valores na sociedade portuguesa. Precisamos de ter mais responsabilidade, mais ética e moral; mais rigor e respeito pela verdade, neste tempo de escolhas, precisamos de mudanças de verdade e credibilidade.
Portugal está pior do que estava, os Portugueses vivem pior e as empresas têm mais dificuldades. Vivemos uma crise de contas e de valores na sociedade portuguesa. Precisamos de ter mais responsabilidade, mais ética e moral; mais rigor e respeito pela verdade, neste tempo de escolhas, precisamos de mudanças de verdade e credibilidade.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Por toda a parte, num último e talvez desesperado intento para travar a ameaça, milhões de pessoas decidiram descer à rua em Março de 2003 a fim de protestar contra a iminente invasão do Iraque. Não lhes serviu de nada. Seis anos passaram já e o estado de guerra continua, prevendo-se agora, resta saber com que fundamento, que os ocupantes norte-americanos se retirarão do país em 2011. Vencidas, de alguma maneira humilhadas, essas pessoas, milhões, repito, regressaram às suas casas sob o peso da mais desoladora das frustrações. «e agora, que fazemos? queres uma causa? Tens os Direitos Humanos.»As injustiças multiplicam-se no mundo, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrénica humanidade que é capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas com fome. (Chega-se mais facilmente a Marte neste tempo do que ao nosso próprio semelhante.)
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Abrll
Num tempo de grande incerteza e insatisfação para a sociedade portuguesa, o poeta e cantor José Afonso ousou anunciar a possibilidade de um mundo diferente, mais justo, fraterno e equilibrado. fê-lo com inegável talento tanto na letra como na música, sem embarcar em linguagens simplistas nem em fórmulas dogmáticas e assim cativou muitas atenções para lá do círculo restrito daqueles que com ele se podiam identificar a um nível meramente político.
sábado, 5 de setembro de 2009
Ser solidario
Ninguém pode negar que, desde o 25 de Abril,
o Povo Português alcançou grandes vitórias
mas estamos ainda longe de alcançar a sua
principal vitória: ultrapassar a amnésia que
afecta os políticos da direita depois de eleitos.
o Povo Português alcançou grandes vitórias
mas estamos ainda longe de alcançar a sua
principal vitória: ultrapassar a amnésia que
afecta os políticos da direita depois de eleitos.
Os outros buscam-lhe fim e eu busco-lhe começo
Se não há mal sem começo nem há começo sem fim,
começo e já me despeço, sem saber mesmo ao que vim.
Sei que outros querem a dor de começar um amor.
Eu quero saber o fim e a tais novidades vim.
Nenhuma porta se abriu ao desejo de saber
o que vim aqui fazer: como pode amor morrer.
Se houver alguém de ciência, que responda
ao que venho, que me ensine como
acaba o amor que ainda não tenho.
Assim se faz a razão, com cuidada precaução.
começo e já me despeço, sem saber mesmo ao que vim.
Sei que outros querem a dor de começar um amor.
Eu quero saber o fim e a tais novidades vim.
Nenhuma porta se abriu ao desejo de saber
o que vim aqui fazer: como pode amor morrer.
Se houver alguém de ciência, que responda
ao que venho, que me ensine como
acaba o amor que ainda não tenho.
Assim se faz a razão, com cuidada precaução.
Outra dimensão
domingo, 2 de agosto de 2009
o gosto de cá estar
Bastaria um rio transbordar para criar um rosto: a desorganização do mundo, alguns desvios na pilotagem. Um ciclone tornaria mais fácil o caminho das águas, abrindo fendas abertas, novas caldeiras agitadas. Talvez antigas crateras reconhecessem a lava fervente. E um animal extenso provocasse na ilha ingnição perpétua, por cima das águas onde Deus pousou a mão por dentro, escrevendo num primeiro raio de clorofila: «Este centro está em todas as folhas. Cada folha é o centro. Cada face é a sombra do meu nome.»
terça-feira, 19 de maio de 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)