segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"ignorantes"António Borges, o consultor do Governo que decidiu chamar de "completamente ignorantes", a todos os empresários que decidiram criticar a medida da subida da TSU para os trabalhadores e correspondente descida para os patrões. Borges é um homem com currículo no Goldman Sachs, na escola de gestão europeia INSEAD e no Fundo Monetário Internacional. Não deve ser, pois, nenhum ignorante: é apenas o inteligente mais estúpido do país.
Digo isto, ou tento dizer, sem insulto associado. Todos somos assim, espertos para umas coisas e parvos para outras. O problema de António Borges está em que a excessiva facilidade que tem em ver a ignorância dos outros o cega para a sua própria ignorância.
O mais perigoso ignorante é aquele que ignora a sua ignorância.
António Borges disse ainda outras duas coisas que são dignas de menção.
A primeira é que os ditos empresários não passariam no primeiro ano do seu curso na faculdade. Para ele não é de considerar sequer a hipótese de haver críticas inteligentes à sua ideia: aluno que discorde está chumbado. Além de mau consultor governamental, Borges não parece ser bom professor.
A segunda foi a repetição do lugar-comum de que "gastámos mais do que podíamos... e o programa de ajustamento tem de ser doloroso