Um texto de Mário de Carvalho para reflexão,
em tempos de dispersão:"Não sei como se pode ser de direita. É viver e
pensar entre zinabres, bolores e cotões. A direita não tem, nem nunca
teve, princípios: tem preconceitos. A direita não tem,
nem nunca teve, propostas: tem slogans. A direita não defende nem nunca
defendeu causas: mas interesses. A direita não cria ideias: inventa
pretextos. A direita não expressa razões: faz propaganda. A direita é a
imagem do nosso atraso, responsável e promotora do que há de mais boçal,
retrógrado e deprimente na sociedade portuguesa. Quando
alguém se
proclama de direita (e é de ressalvar que, individualmente falando, há na
direita gente estimável e e respeitável a muitos títulos) assume um
lastro de opressão, violência, ignomínia, mentira, obscurantismo, que
pesa através dos séculos e que nos vem diminuindo e amesquinhando até
aos nossos dias." (in DN, 10.11.2006, p. 3)
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